Nos últimos dias andei com uma vontade quase incontrolável de saber de ti, de dizer-te qualquer coisa. Consegui resistir e continuar com o silêncio que tu mereces e principalmente eu, porque ter contacto contigo só piora as coisas. Eu tenho consciência disso e foi assim que me controlei.
Ironia do destino, talvez, não foi preciso eu dizer-te nada. No momento em que eu menos esperava conseguiste surpreender-me, uma vez mais, ao quebrar o silêncio.
Nesse momento, mesmo à distância, conseguiste fazer-me tremer não só o corpo como (principalmente) o coração. Desta forma fizeste-me perceber que (ainda) não te esqueci.
Não percebo a tua intenção, ou talvez perceba. Estavas sozinho e pensavas que dando o mote eu iria dar-te espaço e oportunidade para te aproximares novamente.
Às vezes acho que tens uma varinha de condão e quando sentes que estou a “fugir” resolves dar ares da tua graça. Mas agora já não dá resultado.
Apesar da minha vontade ser de cair nos teus braços não o faço. Custa-me e dói-me muito mas não posso permitir que continues a usar-me. Essa dor seria maior.
Continuo sem perceber o que queres afinal...Se estás com ela não devias pensar em mim. Mas pensas. Eu sei que sim. Se não pensasses não davas pela minha falta. Sim, tu sentiste a minha falta. Esperavas encontrar-me durante esta semana, sabias que eu iria estar no mesmo local que tu, ou pensavas que sabias. E como não me viste tentaste perceber por onde andava. Isso significa que me procuraste? Que enquanto estavas com ela os teus olhos me procuravam? Que raio de relação é essa?
Eu não me curei de ti mas tu provaste-me que afinal eu não te sou indiferente e que afinal sentes falta dos “nossos momentos”. É isso que me satisfaz. Posso estar a ser mesquinha e má talvez mas dá-me um gostinho especial saber que apesar de tudo te faço falta. Talvez um dia percebas o que realmente queres, mas de uma coisa podes estar certo...terás de descobrir sozinho porque se me quiseres novamente na tua vida terás de fazer por isso, sem a minha ajuda. Mas se esse dia chegar talvez seja tarde demais, tarde demais para ti, para nós.