Sentimentos Indefinidos

Cada dia que passa descobrimos um pouco de nós, as certezas de hoje podem não ser as certezas de amanhã. Por isso os sentimentos estão em mudança constante.

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

De volta...



Passado quase um ano desde o último “post”, gostaria que a minha vida tivesse mudado, que os meus sentimentos fossem menos indefinidos, que os dias fossem menos vazios.
Há coisas que permanecem em não mudar, há sentimentos que teimam em permanecer e há dias que se repetem vezes sem conta.
Há pessoas que saem da nossa vida, aos poucos. Há outras que, felizmente, permanecem, ontem, amanhã e sempre. É por essas pessoas que continuo a esforçar-me por acreditar que a vida vale a pena. É por essas pessoas que todas as manhãs luto para sair da cama e seguir a rotina diária. É por essas pessoas que sorrio quando me apetece chorar, é por essas pessoas que luto quando só me apetece desistir. Desistir de tudo, desistir de mim mesma, se é que não desisti já. Em determinadas alturas apetecia-me ligar o “piloto automático” e viver assim o resto da vida. Seria tudo tão mais simples. Mas a vida não é simples, bem pelo contrário. Os problemas do passado continuam a ser os problemas do presente e a esses juntam-se outros que vão aparecendo. Cada um pior que o outro. Mas como diz o povo, o que não nos mata torna-nos mais fortes! Há que saber contornar os obstáculos e seguir em frente, ainda que não tenhamos certezas de qual o caminho mais certo mas, afinal, isso é que é viver. Seguir em frente, sempre, sem medo do que possamos encontrar, sem medo do que possamos deixar. Principalmente do que possamos deixar. Porque há coisas que deviam ser largadas e esquecidas, numa caixinha pequenina, bem fechada no último recanto da nossa memória. Especialmente se sabemos que enquanto isso não acontecer nunca conseguiremos viver a vida e aproveitar tudo o que ela nos possa dar. Não adianta desperdiçar dias, meses, anos da nossa vida presas a algo que nunca nos pertenceu e nunca irá pertencer. Tudo isso só serve para que a alma vá acumulando pedrinhas incómodas que, a pouco e pouco, se vão tranformando numa rocha que nos corrói por completo. E, com o tempo, o peso dessa rocha acaba por nos esmagar, por nos destruir. Com o tempo tudo passa, sempre me disseram. Continuo à espera desse tempo que me vai ajudar a ultrapassar e a fazer desaparecer estas pedrinhas que trago comigo...Quem sabe um dia....

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Breve, brevemente