Impotencia

Passados seis anos, voltei a sentir aquele que é, para mim, o pior sentimento que já senti, o medo de perder uma das pessoas que mais amo.
Naquele dia de Maio a angústia e o desespero apoderaram-se de mim dentro da sala de espera do hospital. Quando o médico veio ter comigo e me disse o que se passava senti que o chao desabava sobre mim, que o meu mundo estava a ruir.
Desde essa altura voltei a apanhar alguns sustos, mais pequenos, mas igualmente dolorosos.
Este fim-de-semana, esse sentimento voltou, nessa mesma sala de hospital. Foi como se estivesse a ter um dejà vu.
Voltei a sentir-me aterrada e com um nó na garganta que nos deixa imunes a tudo, que nos limita aquele espaço e aquela pessoa.
O que mais custa é sentirmo-nos impotentes e pequeninos. Sabermos que nada ou pouco podemos fazer. Voltei a viver com a sensaçao de ter uma espada por cima da minha cabeça que, a qualquer instante, pode cair.
Se pudesse estaria no teu lugar, daria a vida por ti. Sei que nao posso faze-lo mas se pudesse nao hesitava.