Sentimentos Indefinidos

Cada dia que passa descobrimos um pouco de nós, as certezas de hoje podem não ser as certezas de amanhã. Por isso os sentimentos estão em mudança constante.

segunda-feira, agosto 27, 2007

Casamentos e afins

Quando a família se junta há sempre muito que falar, então quando este "ajuntamento" acontece num casório acho que já faz parte da tradição ir bater ao assunto do costume, ou seja, o próximo a casar. No casamento do meu querido primo M. não foi excepção.
Desta vez, e como vem sendo hábito de há uns tempos para cá, o alvo escolhido foi a minha pessoa.
"Ah e tal a próxima a casar és tu".
"Agora é a tua vez".
"Prepara-te que a seguir és tu".
Mas que é isto?!
Este pessoal anda todo doido. Eu até percebo que num casamento ficam contagiados ou com uma espécie de febre em que parece que tudo tem de sair dali casado mas, por favor, esqueçam-me o meu contributo para essa causa.
Além disso, nem tudo acontece por ordem cronológica. Eu sei que por essa ordem de ideias, eu seria a próxima, mas, minha querida família, podem tirar os cavalinhos da chuva porque, caso contrário, eles vão apanhar uma pneumonia que os leva desta para melhor. Escolham lá outra pessoa porque daqui não levam nada.
Tenho mais que fazer da vida.
Mas voltando ao casamento do M. confesso que até me diverti mais do que estava à espera. Foi uma festa bonita. Foi pena o meu pai ter-me nomeado "motorista" a meio. O vinho era muito bom, mas paciência. Não se pode ter tudo.
Quanto ao meu primito, ainda nem acredito que deu mesmo o nó. Parece que ainda ontem éramos uns catraios a brincar e fazer parvoíces e o raio do moço já deu o nó.
O M. sempre foi dos meus primos preferidos. Somos da mesma idade, andamos juntos na escola. Crescemos juntos. Posso até dizer que o M. foi o meu salvador em situações mais aflitivas.
Era ele que me acordava quando eu me atrasava para apanharmos o autocarro para ir para a escola. Era ele que me dava "boleia" no guarda-chuva" quando chovia, porque ue recuso-me a "usar" esse objecto tão mal jeitoso.
Na escola era o M. que me fazia os testes de Matemática e de Educação Visual. É verdade. Aqui a menina não tinha jeito nenhum para números e para rabiscos. Mas em contrapartida eu fazia-lhe os testes de Inglês e Francês. Era mais que justo. Cada uma fazia aquilo em que era melhor e os professores nunca toparam.
Durante a missa confesso que me emocionei um pouco porque todas essas recordações me passaram pela cabeça e fico feliz porque sei que ele está feliz. Sei que, neste momento, ele tem tudo o que quer e conseguiu atingir os objectivos a que se propôs.
Espero sinceramente que continue a conseguir ao longo desta nova vida de casado e que nos voltemos a reunir todos novamente num casamento qualquer, desde que não seja o meu.

2 Comments:

At 15:37, Blogger Shadows in Love said...

Tá visto... as familias são todas iguais... a minha faz o mesmo, mas tal como tu não lhes adianta de nada, como eu costumo dizer se estão à espera de comer à pato, e de encherem o bandulho a custa da je... pois escolham outro otário, eu não dei nem tou interessada em dar para esse peditório...

 
At 19:38, Blogger Girstie said...

O meu irmao tem a teoria de que da próxima vez que lhe disserem, "ah e tal qd é q te casas tu", vai perguntar qd é o funeral da pessoa. Pode ser que cole.

Mas viva aos noivos, ao amor.

É pena que o casamento tenha mais da festa do que o próprio significado e que se gaste tanto mas...

 

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